Já ao lado do Parlamento estão os Sapatos a Beira do Danúbio (The Shoes on the Danube Bank), que é um memorial para homenagear os judeus que foram mortos pelos milicianos fascistas Arrow Cross durante a Segunda Guerra Mundial.
Eles receberam ordens de tirar os sapatos e foram baleados na beira da água, para que seus corpos caíssem no rio e fossem levados. Representa os sapatos deixados para trás na margem.
Enfim, chegou o momento de visitar o parlamento. Nós já havíamos comprado os tickets e reservado o horário ainda no Brasil. Então apenas chegamos e ficamos na fila aguardando nosso horário.
O Parlamento é um ícone da capital húngara, sendo o terceiro maior parlamento do mundo depois da Romênia (confiram aqui nossa visita) e da Argentina.
O prédio é na realidade a Assembleia Nacional da Hungria. Teve sua construção iniciada no começo do século 19 e demorou 70 anos para ser finalizado. Por lá trabalham 199 membros do Parlamento Húngaro e equipe de mais de 600 pessoas, além dos escritórios do Primeiro Ministro.
Sua construção mistura diversos estilos arquitetônicos: a fachada imita o gótico, o primeiro andar é todo barroco e o teto tem elementos renascentistas. A decoração é feita em ouro de 22 a 23 quilates, com meio milhão de pedras preciosas. Também há carpetes vermelhos de três quilômetros de extensão cobrindo os pisos, diversas esculturas e lustres.
A visita guiada dura 40 minutos e passa por cinco partes importantes do prédio. Vamos lá!!
Começamos nas Escadarias XVII. Ao todo, existem 28 escadarias em todo o prédio. Decorada com ouro, estátuas, janelas de vidro e afrescos.
Passamos por alguns corredores.
Sala seguinte - O Hall do Domo é o centro geométrico do Parlamento de Budapeste e o centro simbólico da Hungria. Local que ficam as jóias da coroa do país e esculturas representando todos os antigos monarcas húngaros. Tem até uma troca da guarda lá dentro. Mas, infelizmente, é o único lugar que não se pode fotografar durante a visita.
Depois, seguimos para o Upper House Lobby, que é uma antessala com um carpete azul e esculturas que representam as profissões mais proeminentes do povo húngaro.
E a última sala que visitamos - Old Upper House Hall, salão que costumava ser usado pelas plenárias da Assembléia Nacional e hoje é um espaço para conferências e reuniões. São 453 assentos dispostos em formato de U, feitos de carvalho e pinturas nas paredes dos brasões das famílias reais húngaras.
Por fim, a guia se despede e um segurança nos leva até uma sala de exposições. Acabou!
Saindo do Parlamento fomos almoçar de depois seguimos para Avenida Andrássy, que é uma das vias mais emblemáticas da cidade. Declarada Patrimônio Mundial da Unesco, em grande parte devido às belas fachadas das casas e palácios renascentistas que se conservam.
É um extenso boulevard que une a Praça Erzsébet com a Praça dos Heróis, finalizando seu percurso no Parque da Cidade. Lá estão restaurantes da moda além de lojas, como Armani, Louis Vitton, Dior e Dolce & Gabanna.
Se não quiser passear pela avenida, existe uma linha de metrô que passa por baixo dela e é a terceira ferrovia subterrânea mais antiga do mundo.
E é lá na avenida, que está a Casa do Terror que possui exposições sobre os sucessivos regimes fascistas e comunistas que governaram a Hungria durante o século XX. O prédio em si era a antiga sede do partido Cruz de flecha fascista, e o prédio foi posteriormente usado como prisão e tortura pelos serviços de segurança do estado da Hungria.
Nós fizemos a visita que durou por volta de 1h, mas, infelizmente não é permitido fotografar. Conseguimos apenas essa foto da entrada, antes de comprar os tickets.
A exposição inclui informações sobre ambos os regimes, bem como depoimentos de algumas das vítimas. Além de exposições sobre os "serviços de segurança" fascistas e comunistas.
Depois que saímos, continuamos na avenida até a Praça dos Heróis, uma das mais importantes da capital. Suas estátuas homenageiam os líderes das sete tribos fundadoras da Hungria.
O edifício mais representativo da praça é o Museu de Belas Artes com exposições de obras de pintores tão importantes quanto Rafael, Picasso, Tiepolo, Cézanne ou el Greco. Um dos museus mais visitados da cidade, com mais de meio milhão de visitantes anuais.
Formando o conjunto arquitetônico da Praça, em frente ao Museu 👆 está a Galeria de Arte Mücsarnok.
Atrás da Praça está o Parque da Cidade, também conhecido como Parque Városliget. É o principal lugar de lazer dos locais. Com uma dimensão de 1.400 por 900 metros, o Parque é um dos primeiros parques públicos criados no mundo.
E lá está o Castelo de Vajdahunyad, ao lado de um lago artificial. É um complexo arquitetônico especial, mesclando várias atrações.
O castelo abriga o Museu Agrícola Húngaro, mas como chegamos no finalzinho da tarde já estava fechado.
Então conhecemos suas partes externas que podem ser visitadas gratuitamente. Estava acontecendo algum tipo de evento, pois tinha várias barracas de comidas típicas e parque de diversões.
E mais uma atração aos arredores do Castelo - Balneário Széchenyi, que é um dos maiores recintos termais da Europa. O edifício atual foi inaugurado em 1913 e tem um estilo neogótico. E assim finalizamos mais um dia de passeio.
Dia seguinte, nosso último na capital húngara. Agora de ônibus, fomos até o lado Buda novamente. Fomos conhecer o Bazar do Jardim do Castelo de Buda, pois no dia que conhecemos o castelo não deu tempo.
Aos pés da colina do castelo, uma série de edifícios e jardins, construídos para agradar Elisabeth, rainha da Hungria. É um patrimônio mundial registrado desde 1987.
Entre os jardins reais criados no terraço, existe um jardim barroco, um neo-barroco e um neo-renascentista, além de uma paisagem inglesa, um simbólico eclesiástico e um jardim secular.
As vistas de lá, são lindas também!!!
Pertinho dali, fomos para a Citadela que fica em frente à ponte Elizabeth, com direito a uma cachoeira ao lado da colina Gellert.
Na lateral da cachoeira, escadaria que leva até a citadela.
Em cima da cachoeira está a estátua de St. Gellert.
Vista da Estátua
No topo
da
colina
Várias
lojinhas
Estátua da Liberdade (Liberty Statue) em memória da libertação soviética da Hungria das forças nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. É possível vê-lá de diversas partes da cidade.
A Citadela, no topo da colina, foi construída pelos Habsburgos após a fracassada Guerra da Independência Húngara. Hoje abriga um restaurante e um museu.
Descemos a colina do outro lado (lado sul), saindo assim na Igreja de Pedra ou Rupestre, inspirada no Santuário de Lourdes. Escavada nas entranhas da colina, é praticamente uma caverna. Um lugar plenamente destinado ao culto e cheio de encanto. O que faz dela um santuário muito especial.
No interior, além da beleza da construção em si, existe uma cópia da Virgem Negra de Czestochowa e uma pintura de San Kolbe, um monge polonês que deu sua vida para proteger outros prisioneiros no campo de concentração de Auschwitz.
Do lado da igreja, atravessando à rua está Balneário Gellert, um dos maiores spas da cidade. Na frente dele nessa construção arrendondada existe um espaço com água natural fresquinha, pronta para beber.
E assim voltamos para Peste, do outro lado do rio, caminhando pela Ponte da Liberdade (Liberty Bridge), que vai dar no Mercado Central.
E para finalizar, antes de irmos para o hotel passamos na Igreja Paroquial de St. Elizabeth da Casa Árpád, um templo católico em estilo neo-gótico. Está localizada na praça Rózsák, no 15º distrito de Erzsébetváros.
No outro dia, o período da manhã para organizar nossas coisas e na hora do almoço, partimos da praça Deák Ferenc Tér com o ônibus 100E direto para o Aeroporto. Voamos pela EasyJet até Paris e dali, pela Air France até Guarulhos/SP.